quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

VOTO PERDIDO?

Joilson Gouveia*
Há mesmo isso, nessas plagas caetés, se o dito “caçador” de “votos perdidos” nunca os perdeu por aqui? Ao que se sabe, somente perdera quando pesquisas davam-lhes 69%: dormiu eleito e acordou com a vitória de seu adversário; lembram disso: nos idos de 1990?

De lá para cá, se perdeu algum pleito, desconheço!
Aliás, sou bem capaz de apostar nas vitórias das mesmas figurinhas carimbadas de sempre, especialmente em se mantendo e mantida “eleiçãonessas invioláveis, invulneráveis e imaculadas urnas eletrônicas, mormente se não houver IMPRESSÃO DO VOTO digital, digitalizado, teclado e depositado, sem possibilidade de conferência, audiência e comprovação ou aferição da computação; já discorremos sobre isso em nosso Blog.

Afora disso, nenhum eleitor pode e, muito menos ainda, deve ser responsabilizado por nenhum “voto perdido, achado, computado, transferido ou trasladado”, de um para outro candidato e vice-versa: antes dizia-se que compravam do eleitor; hoje ninguém mais sabe, salvo os hackers e experts espertíssimos em cibernética; ou não?

De há muito que “o voto não decide nada; quem conta os votos é quem decide tudo”! – Stalin: assim tem sido, assim é e assim será, para dar-se impressão que houve manifesta anuência da maioria, que caracterizaria uma Democracia, daí as eleições! Por aqui, tudo se resolve com ... Eleições! Tanto é assim que tem-se uma de dois em dois anos: debacle redemocratização!

Tem-se visto sobremaneira, dos resultados das últimas eleições, que a vontade da maioria dos eleitores é desdenhada, espezinhada, desprezada e menoscabada porquanto o somatório de votos BRANCOS, NULOS E ABSTENÇÕES, de uma imensa, monumental e esmagadora parcela da população demonstra sua indignação, repulsa, ojeriza, abominação e aversão aos “nossos representantes” (que jamais nos representa enquanto POVO e FATOR REAL DE PODER SOBERANO), os quais defendem tão somente aos seus umbilicais, pessoais, privados, privativos e personalíssimos interesses individuais e de si próprios quando não de sua parentela e apaniguados et caterva de filiados.

Os interesses partidários estão acima dos interesses nacionais e de seu objetivos permanentes! Daí o incomensurável, estratosférico, exorbitante e monumental ou monstruoso e gigantesco gasto com os Fundos Partidários: o governo, a União e o povo os mantêm para devorarem, desviarem e doarem o Erário Nacional!

Há de lembrar que, numa Democracia, mormente num Estado Democrático, Humanitário e de Direito, o soberano povo está – pelo menos deveria estar -acima dos partidos e de todos os Poderes, Instituições Órgãos republicanos, mas somente escolhe ínfima parte dos membros integrantes desses Poderes – põe, mas não depõe - : por exemplo, o povo ainda não escolhe seus magistrados, desembargadores, ministros e membros do Parquet, Procuradorias, Defensorias e etc., mercê da indicação da caneta ou bastão do Chefe do Executivo, restando com uma dívida vitalícia, perene e permanente à mão que os alçou; ou não?

Enfim, não há voto perdido, salvo os BRANCOS, NULOS E ABSTENÇÕES que se manifestam contrariados, abstraídos e até revoltados, mas “governados” por quem sequer teve a maioria dos votos totalizados, somente dos que são considerados válidos, por quem conta os votos, que continua decidindo tudo!
Abr
*JG

P.S.: Até a edição e publicação do texto supra ainda não sabia da novidade anunciada no http://reporteralagoas.com.br/novo/mais-de-35-mil-alagoanos-podem-ter-o-titulo-eleitoral-cancelado-alerta-tre/, que informa haver 1.961.530 de ELEITORES FALTOSOS às três últimas eleições, que considera cada turno uma eleição, logo um de 2014 e dois de 2016 ou vice-versa, mas sequer menciona se correspondem às ABSTENÇÕES ou outro motivo qualquer desse excessivo número de faltosos, dos quais 35.892 seriam de eleitores caetés (?)

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