segunda-feira, 12 de maio de 2014

GOLPE OU CONTRAGOLPE?

Joilson Gouveia*
A priori, urge gizar, frisar e deixar patente e claro como a luz solar, como se depreende do vídeo e da entrevista, que não foram os militares que deram o GOLPE ou depuseram ou defenestraram o “Jango”, é o que eles denominam de “golpe civil-militar” ou seria um golpe misto (?) a deturpada ou apelidada de DITADURA MILITAR, quando se sabe que a COISA ou CRIATURA foi parida ou surgira no próprio Congresso Nacional em conluio ou conivência ou omissão ou covardia com o Judiciário ou Supremo Tribunal de Justiça – nome do Supremo Tribunal Federal, na época! Em síntese: os dois poderes derrubaram um outro dos Três Poderes!
Naquele instante conjuntural, ou seria um ditadura de direita ou de esquerda – ver e ouvir Roberto Campos. Havia, outrora, a ameaça constante, presente e iminente da Guerra Fria e a lide de ideologias capitalismo versus comunismo – ainda nem se tinha os conceitos de socialismo ou social democracia ou liberalismo social ou algo que o valha – expressões ou conceitos híbridos de centro-esquerda, ou centro-direita, que mais confundia que informavam.
Aliás, tanto Jânio Quadros quanto João Goulart, Já havia demonstrado ter simpatias ou inclinações aos “guerrilheiros revolucionários cubanos” e, nesse ínterim, até laurearam, condecoraram e outorgaram medalhas de mérito e, também, ostensivamente admiravam sua ousadia, coragem, luta e ideologias marxistas-leninistas-stalinistas – e os USA jamais negligenciaram suas Estratégias de Defesa e efetivo combate aos comunistas e, depois, socialistas, e de Defesa da Democracia deles e dos demais países; o Brasil tornado comunista seria uma grave ameaça à segurança estratégica deles: USA. Eles cultuam estratégias de objetivos, metas e desideratos perenes enquanto Nação e não somente País, basta ver, saber e crer que sua Carta Política data de 1776, com doze artigos ou Princípios.
Afora isso, vieram à tona ou afloraram fatos ou eclodiram feitos assombrosos (ataques armados a quartéis, sequestros, roubos a bancos e explosões de bombas e etc.) e, divulgados por quase toda imprensa jornalística ou radialista, bem como também sobre as “anunciadas reformas sociais de Jango: reforma agrária; estatuto do trabalhador rural; a inusitada baderna do chamado movimento dos sargentos”, uma rebelião, insubordinação ou revolta ou motim de ostensiva indisciplina aos padrões de então; a promoção indevida ou graciosa, por livre escolha de Jango, de todos os coronéis simpatizantes ou seus conhecidos, ao posto de general quebrando a hierarquia da antiguidade, até então existente e respeitada; recrudescente eclosão dos movimentos sindicais e até mesmo com a influência de parte da igreja católica e ostensiva e declarada campanha comunista e etc. que toda a imprensa anunciava, instava, apoiava e convidava ou açulava uma resistência e eventual e iminente deposição de Jango.
Enfim, o contragolpe foi urdido, no próprio congresso nacional de então, que seria provisório, mas durou até João Figueredo, com a Lei da Anistia, que foi ampla, geral e irrestrita, porém hoje a querem olvidar ou modificar e tentar alterar o ontem como se fora o agora. Néscia imbecilidade ou odiosa vindita de indisfarçável fascismo de escamoteados fascistas.
Ninguém fora degredado, expulso ou exilado, legal, jurídica, política e constitucionalmente falando; entrementes, eles fugiram com medo, por receio ou covardia, de ser presos como os que já haviam sido presos e “torturados”: Genoíno –o delator -, Zé Dirceu; Dilma, Franklin Martins, Herzog, F. Costa – “Bila”, J. Miranda, Wlademir Calheiros -, dentre outros universitários comunistas declarados e assumidos e outros subversivos, sequestradores, terroristas e guerrilheiros que optaram pela LUTA ARMADA, a luta do proletariado derrubando o patronato.
Lembras-te da passeata do povo exigindo mudanças urgentes e urgentíssimas para o Brasil?
Era, naquela ocasião, situação e conjuntura, como o disse Roberto Campos, “ou uma ditadura de direita ou de esquerda”. No entanto, sorrateira, tenaz e paulatinamente, eles estão impondo-nos essa sonhada, querida, lutada e perdida, na época, mas jamais esquecida ou desistida ditadura de esquerda, via mensários petralhistas esquedistoPATAS socialistas-comunistas, pois não estamos vivendo numa democracia plena! Ainda não. Ou não?
Abr
*JG
P.S.: O texto supra, longe de ser um testemunho histórico, expressa manifesta ilação e versa sobre nossas respostas dialéticas ao e-mail de um vetusto colega de infância e parceiro castrense.

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