sábado, 13 de maio de 2017

DELATORES CONFESSOS VERSUS DELATADOS INDEFECTÍVEIS

Joilson Gouveia*

Eis que, em seu renomado Blog, o nosso culto literato caetés e tupiniquim esboça sua indignação aos telejornais, imprensa e mídia em geral em face da facilidade de um “espetáculo garantido” com script inspirado, colacionado e fundado nos “feitos e efeitos da Operação Lava-Jato”, que tem desnudado toda a corte, cortesãos, cortesãs e nobres nobilitantes do reino dos escarlates pós-debacle redemocratização, senão vejamos na íntegra, a saber:

  • Nunca foi tão fácil fazer telejornais ou produzir matérias em sites e impressos por semanas a fio quanto agora, na Operação Lava-Jato.
  • O espetáculo está garantido pelas muitas horas de gravação das delações premiadas. E embora elas tenham perdido o impacto – por deixarem de ser novidade -, as falas dos delatores são a principal matéria-prima de um trabalho preguiçoso, que vai ao ar diariamente.
  • A Justiça disponibiliza as gravações, os editores fazem a seleção – ao gosto – e apresentam ao grande público como a última novidade do planeta. Quando muito, seus intérpretes, os comentaristas, falam da “gravidade dos fatos” ou tentam traduzir o que está dito: como telespectadores, leitores e ouvintes devem entender a fala do dia.
  • Um festival de baboseiras!
  • Poucos são os profissionais de imprensa que, tendo condições de fazê-lo, se dispõem a checar informações, comparar os relatos, buscar algo mais do que a fala dos réus confessosos criminosos “arrependidos”.
  • O principal efeito colateral desse “trabalho” jornalístico é criar a falsa impressão de que a Justiça está sendo feita.
  •  Não está.
  • E, cá para nós, os delatores, estes, sim, estão voltando para suas mansões, condomínios de luxo e recantos aprazíveis, como se nada tivessem feito: ricos a não mais poderem.
  • Até parece que a Justiça Federal do Paraná virou um confessionário: quem reconhece os pecados cometidos reza as orações recomendadas, limpa a própria consciência e renova os votos de bondade e honestidadelonge da cadeia, é claro.
  • A grande imprensa, de forma geral, se dá por satisfeita e agradecida por poder, diariamente, apresentar o resultado do trabalho… alheio.” (Sic.) – sem destaques no original – contido in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2017/05/13/o-espetaculo-das-delacoes-alimenta-o-jornalismo-preguicoso-de-cada-dia/
Concordo, anuo e corroboro em GNG que a grande imensa parte da imprensa se tem desgarrado de sua excelência, da notícia: o fato! É que, em sua imensa maioria, os adeptos, simpatizantes, defensores e cultores da imprensa-livre de outrora, deixaram de se ater à excelência da notícia, para se tornarem verdadeiros “agentes-de-transformação-social”.

Aliás, com raríssimas exceções, alguns ainda exercem o jornalismo aos moldes de outrora, i.e., estribados nos fatos, fotos e vídeos, e relatados fidedignamente na narrativa retratada e reportada.

Entrementes, a Justiça cumpre seu papel, quando “disponibiliza as gravações” de depoimentos, interrogatórios, declarações e vídeos dos delatores e doutras testemunhas dos crimes cometidos pelos que sequer se arrependeram, ainda, de tê-los perpetrados, mormente por serem crimes contra a Administração Pública, daí preferirem à transparente publicidade de seus atos e fatos, feitos e efeitos! Se estes, são maquiados, manietados, construídos, desconstruídos ou deturpados pelos editores conforme suas verves, cabe ao telespectador aferir, conferir e decidir sobre a realidade do fatos, i.e, sobre a veracidade veraz e verídica verdade que os fatos, fotos e vídeos encerram; ou não?

De fato, ainda não se está fazendo JUSTIÇA, assim grafada em maiúsculo, mas, ainda assim, “a do Paraná” tem sido mais profícua, proficiente, eficiente e eficaz de que à justiça da “altas cortes totalmente acovardadas”; ou não? Inclusive, já se comenta nas redes sociais que STF significa: Soltar Todos Finórios; especialmente os delatados (“trancafiados pela Lava-Jato”) e soltos, livres e libertos por estas; ou não?

Entretanto, é fato de que “os criminosos arrependidos” (delatores) ou criminosos confessos, assumidos e declarados, estão usufruindo de benesses, benefícios, gratificações e premiações conforme estabelecido em LEI, e não por graçola, bonomia e comiseração samaritana da “Justiça, da república do Paraná”. É fato!

Com efeito, os criminosos (delatados) que teimam em não sentir nenhum arrependimento, remorso, responsabilidade ou culpa, e insistem em ignorar os fatos (até sua própria culpa), negar ou imputar aos outros (mormente “aos mortos” e finados) até esbraveja, vocifera e berra que “nada sabe, nada ouve, nada vê e nada fez” (foram mais de 80: “num sei, num me lembro, num vô responder, não me recordo, vou seguir meu adEvogado” e etc.) também, por sua vez “estão voltando para suas mansões, condomínios de luxo e recantos aprazíveis, como se nada tivessem feito: ricos a não mais poderem”, e de jatinhos de amigos deLLe. Ou não? – “dividi sete milhão com meus filhos”!

Foi ao “confessionário”: não confessou seus pecados nem aceitou a penitência de suas orações, mas, ainda assim, implorou, quis e quer o perdão! É “o asceta de prístinas virtudes”!

Enfim, quem é mais criminoso ou mais inocente, dentre esses bandidos todos: “os delatores arrependidos e confessos ou os delatados indefectíveis inconfessáveis e irresponsáveis (inimputáveis) que sempre culpam aos outros (arrependidos ou não) ou aos “mortos”?
- como uma pessoa que não gostava de praia iria querer uma cobertura na praia, né?
Contra fatos, fotos e vídeos não há argumentos! Ou há?
Abr
*JG
P.S.: Postado no http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2017/05/13/o-espetaculo-das-delacoes-alimenta-o-jornalismo-preguicoso-de-cada-dia/.

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