terça-feira, 8 de novembro de 2016

DEMOCRACIA TUPINIQUIM NÃO SERVE A VOCÊ NEM A MIM

Joilson Gouveia*

Louvável, considerável, aceitável, razoável e saudável o sentido dialético dos argumentos, posts e comentários contestatórios de "Jamerson, Jorge Alves e GalMonteiro" ao emitido pelo "maceioense consciente", onde quase todos têm razão, ponderando alguns argumentos mais incisivos; claro!

Mas, ainda assim, urge lembrar que, no atual sistema eleitoral vigente, o eleitor (ignorante ou não) não pode nem deve ser responsabilizado por esse ou aquele político ELEITO, independentemente de sua má ou boa índole, tanto do eleito quanto do eleitor, porém hão de ter ficha-limpa; ou não?

O eleitor, deste ou doutro estado da federação, ignorante ou não, independentemente de suas preferências por "A" ou "B" ou "C", não decide nada com seu VOTO: "Voto não decide nada! Quem conta os votos decide tudo!" Stalin; basta ver do último pleito eleitoral de 2014 (o maior, mais vil, desbragado, oprobrioso, inescrupuloso e criminoso estelionato eleitoral de todos os tempos) onde quem contou os votos senão aquele que ascendera pela graça, benesse e bonomia escarlate! Retribuiu o auferido. Ou não?

Assim tem sido e assim será, ainda que haja o VOTO IMPRESSO aferível, conferível, concreto, real, prático e palpável ou contestável - até prova em contrário! "Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais", numa velha, caduca, arcaica, esfarrapada, ultrapassada e colonial "aristodemocracia", a saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2011/06/aristodemocracia.html; ou não?

Aliás, nossa ameaçada democracia tupiniquim não passa de um rascunho, esboço ou arremedo chinfrins, medíocre e acanhado de uma verdadeira Democracia (teoricamente um governo do povo, pelo povo, para o povo e com o povo e conforme a vontade da maioria do soberano povo: cidadão eleitor) que passa a ser gerido, governado, gestado, mandado e dominado pela ínfima, pífia, tíbia e mínima minoria de votos “válidos” porquanto “contados por quem decide tudo”!

Ora, onde, quando, como, porquê e por quais razões uma ínfima minoria de “votos válidos” e assim considerados, pode desdenhar, espezinhar, pisotear, desconsiderar e desprezar os manifestos, ostensivos e declarados protestos, repulsas, repúdios, reproches ou deboches daqueles que optaram, deliberadamente, por BRANCOS, NULOS e ABSTENÇÕES, justo por faltar-lhes uma opção de escolha entre os escolhidos, por esse ou aquele partido, que busca a defesa umbilical, unívoca, uníssona e unilateral de seus interesses particulares, privados, exclusivos e pessoais e somente, apenas e tão-somente dos respectivos partidos ou agremiações, jamais visam aos interesses nacionais e de Estado ou do povo, principalmente?

– Olhem a atual conjuntura onde cada partido busca a intransigente defesa inexplicável, indefensável e injustificável de seus integrantes envolvidos e citados nas mais diversas e variadas declarações-premiadas das delações judiciais obtidas nas operações policiais federais, mormente na LAVA-JATO!

Ora, para um governo republicano democrático (governo de maioria, portanto) quando os “não-votos” (NULOS, BRANCOS e ABSTENÇÕES) resultarem além ou maiores e superiores à metade dos eleitores inscritos, cadastrados e registrados num colégio eleitoral, o “eleito” ou o seu resultado não reflete à vontade da maioria do povo, o que o ilegítima na sua “outorga auferida”.

Com efeito, como sucedeu com os aduzidos “mais de 54 milhões de votos válidos” computados para a inocentA, , defenestrada, escorraçada e expurgada do “puder”, numa “queda, sem coice”, como urdido, querido e imposto pelo ex-presidente do STF (que ascendera com eLLes) em conluio com o “rei-do-gado-dourado”; ou não?

Onde 54 é maioria de 114 milhões de eleitores ou mais que 210 milhões de habitantes brasileiros, residentes aqui e do exterior?

Urge, pois, uma imprescindível reforma no sistema político eleitoral, que permita o direito ao soberano povo não só votar, mas, sobretudo, o de ser votado -, mormente de pôr e depor o político eleito-, independentemente de estar filiado a quaisquer dos partidos existentes (que são custeados e mantidos pelo governo federal pelas inexplicáveis, injustificáveis, perversas, odiosas e escabrosas doações aos Fundos Partidários) os quais deverão ser sustentados ou mantidos por seus filiados, facultativa, voluntária e espontaneamente por seu livre alvedrio, talante e nuto.

E mais: somente considerar eleito aquele que obtiver à maioria absoluta dos votos do eleitorado voluntário, registrado, cadastrado e inscrito no referido Colégio Eleitoral, pois que, o voto obrigatório apenas coonesta legalidade e só amalgama forçosa legitimidade aos que não obtiveram o sufrágio real, prático, concreto e verdadeiro da maioria do eleitorado. Ou não?

Fora disso, o eleitor não pode nem deve ser responsabilizado por essa democracia tupiniquim que não serve para você nem para mim, muito menos à cidadã e ao cidadão dessa combalida, aviltada e espoliada Nação; ou não?

Tenho dito: voto impresso, voluntário, facultativo e espontâneo de eleitores de ilibada conduta, idoneidade e probidade, mormente do pretenso candidato!
Abr
*JG

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